
Noite sublime com fantástico enredo e sentimento em que Alicia Keys passa pela terceira vez em Lisboa, para meu enorme agrado. Keys estava lindíssima e com a voz pronta para espantar tudo e todos. A entrada que realizou demonstra a sua versatilidade, a conjugação dos ecrãs, luzes e jaula foi excelente. Acho que mesmo algo mais simples lhe assentaria bem. Adorei vê-la numa jaula dando inicio ao conciso set list com Caged Bird. Gostei do estilo sexista e futurista que impôs nesta Freedom Tour. A sonoridade estava de facto fantástica, provas para tal foram Fallin e Karma. Momentos altos da noite, de músicas mais antigas mas que com toda a certeza não se esquecerão. A sua força e energia passou aos que assistiam a tamanha produção de soul e r&b, dançava-se e cantava-se por todo o Pavilhão Atlântico. Toda a estrutura do palco foi bem conseguida, se bem que as escadas não se encaixavam a 100% na personagem da única e maravilhosa Alicia Keys. Superwomen outros instantes em que todos se levantaram e deram graças por existir alguém com enorme voz e poder em palco. O seu contacto com o público é notório e lindo, todas as palavras que mencionou serão guardadas carinhosamente. É também de referir que os figurinos estavam óptimos, no entanto o bailarino era secundário e até dispensável. Erro foi ter reduzido o número de bailarinos. No último bloco o rubro instalou-se definitivamente, começando com Try to sleep with a broken heart, música que demonstra a pureza de Keys e a sua simplicidade, avançando com Doesn't mean anything, música que não constava no set list e com a qual ainda se dançou bastante. If I ain't got you, single que só por si já merecia o preço de um bilhete foi fantástica de se contemplar, é épica devido ao significado e à melodia. Put in a love song, música repartida pela diva Beyoncé foi bem aceite pelos fãs, mas acho a música de Keys que menos dela tem. Neste bloco, estariam as mais desejadas, No One foi quando Alicia se libertou ainda mais e todos a acompanharam, adorei mesmo este momento. Para finalizar o seu concerto, houve Empire State of mind Part II, um final bombástico com uma luminosidade glamorosa e calorosa. Melhor final não poderia haver.

O que me agradou também nesta tour foi a mensagem transmitida a todos nós, de como por vezes as coisas mais simples são tão importantes, outro momento lindo foi quando Keys parou o concerto e falou de uma associação que ajuda pessoas portadoras de sida, pela qual ela dá a cara. Tocaram as palavras de esperança e força que foram transmitidas, que nos demonstram a tremenda importância da nossa liberdade e pelos vistos Alicia dá-lhe grande valor. Adorei ouvir não só a sua estupenda voz mas também de a ouvir a tocar em três diferentes pianos, numa harmonia também ela sublime. Esta é a prova viva de que Alicia Keys está a vingar na indústria musical e que cresceu e continuará a crescer. Esta vencedora irá dar sempre muito que falar.
