terça-feira, 26 de junho de 2012

LIVE: MDNA TOUR by Madonna

Madonna. Estádio da Cidade de Coimbra. 40 mil pessoas. Os três grandes ingredientes do maior espetáculo pop que passa este ano por terras Lusíadas. A exortação feita por Madonna é notória. O seu apelo, iniciado logo no ato de contrição por si proferido, choca os mais suscetíveis e impressiona os que se deslocaram à MDNA Tour para porem de lado alguns dos estigmas e dogmas caducos da sua religião.

A paz e toda uma linha de pensamento contra a descriminação é apresentada em temas como “Papa don’t preach” e “Express Yourself”, este já com um toque mais irónico, reiterando no final “She’s not me”. Nos seus interludes e backdrops viajamos pela sua carreira e  mais que isso pelo mundo inóspito e boçal em que nos encontramos.
Numa, talvez a melhor, versão acústica de “Like a Virgin” quebra qualquer puritanismo existente. Sim, estamos perante a Rainha e esta tem algo a dizer, mostra tatuado nas suas costas “No Fear”, mensagem que perpassa qualquer espetador.

Madonna com “Like a Prayer” dá voz aqueles que nunca a tiveram, e veja-se, infelizmente, que nunca a terão. É de notar o sumarento recheio do último álbum, MDNA, com temas como “I’m a sinner” e “I’m addicted”, que fazem jus ao que nos apresenta desde os tempos de “Vogue”, este com uma roupagem vintage a mostrar uma Madonna mais madura!
 
 
Exortação. Mensagem. Choque. Realidade. São estes os verdadeiros constituintes do sangue de Madonna. É isto que a move, faz ser única e “indestronável”. Bailarinos incansáveis, indumentárias aprimoradas e uma rebeldia apurada pelo passar dos anos, que agora, passada uma carreira de questionamento nos convida a pensar sobre a condição humana. “Human Nature” e “Justify my love” mais momentos de destaque inseridos num concerto todo ele de destaque. Encerra com "Celebration", o que de facto se celebra é a existência desta senhora!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

COMMENT: Elements of 4

Hoje, num modo invulgarmente coloquial, falo de uma figura colossal da indústria musical, Beyoncé Giselle Knowles e do seu Elements of 4. Munida de um fantástico aparelho vocal e de uma invulgar capacidade de entreter o público, remetendo somente para nomes como Michael Jackson e Tina Turner, surge num palco da cidade pertencente, em tempos idos, a Sinatra. O Roselland Ballroom acolhe o eficaz e sentimental enredo de Knowles, da sua história e da sua via de inspiração. Num nível superior aos insípidos concertos das suas colegas, mostra-nos toda uma capacidade de cantar e dançar, com o recheio da mais recente colheita de 2011, 4. Momentos como "Independet woman", "Love on Top", "Rather Die Young" e ainda "I was here" representam a maestria no ato de satisfazer o público ávido de um retorno à old school e jazz de New York City. Tudo isto não seria o mesmo sem a incontornável banda de Knowles e imagens pertencentes a um passado imaculado da memória de muitos. Num alinhamento suculento em hits, apresenta o caminho para o sucesso e reconhecimento global. Equiparável a Lauryn Hill, arriscou no seu último álbum e deliciou-nos com uma sonoridade vanguardista e batidas opulentes. Os Nova Iorquinos pareciam comungar daquele emanar de talento de Beyoncé. Será caso para dizer, que os entendo na perfeição!




Um Feliz 2012!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

COMMENT: MTV EMA'S 2011

De certo os Irlandeses esperariam uma grande noite musical, outrora não fora bem isso que se verificara. Lady Gaga e os seus conjugues fatos foram os grandes vencedores, arrecadaram 4 estatuetas. No domínio de prémios existiram poucas surpresas, Adele e Katy Pery venceram em algumas categorias e Queen receberam o Global Iconic Award.

Na abertura das hostilidades, Coldplay pisaram o palco, fazendo-se ouvir "Ever tear drop is a waterfall", numa energia já característica da banda de Chris Martin, foi um momento aprazível aos que se apresentaram na Odyssey Arena. A meu ver, Queen e Adam Lambert tiveram a atuação da noite, energia e musicalidade foi o que melhor a definiu, não estivessemos nós a falar da mítica banda de Freddie Mercury. Lady Gaga, estreando-se no palco dos EMA's, apresentou o seu mais recente tema "Marry the night", numa pictórica e espacial prestação, com ótimos vocais e passos dançáveis. Snow Patrol atuaram, atribuladamente, tendo como fundo The City Hall, foram cativantes! Red Hot Chili Peppers fizeram o que sabem fazer de melhor: aquecer a sala de um modo vibrante.

Mais uma edição dos EMA's decorreu, não igualando muitas das performances já feitas neste palco, como "Hung Up" de Madonna, "Sweet Dreams" de Beyoncé ou até "Human" dos The Killers.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

MTV VMA'S 11

Os Video Music Awards ocorreram na noite de 28 de Agosto, na cidade de Los Angeles, no mítico Nokia Theatre. Esta cerimónia há muito que se torna um pouco controversa, ainda assim as audiências tendem de ano para a ano a aumentar.

A gala tem abertura por o alter-ego masculino de Lady Gaga, Jo Calderone, com a recente balada "You and I". A actuação foi bem estruturada com uma excelente caracterização, mas penso que tenham existido partes exageradas. Confesso que esperava mais. Rapidamente Jay-z e o seu cupincha de longa data, Kanye West, que embarcam em breve numa tour que promete pisar todos os palcos internacionais, actuam o single "Otis". De certo a actuação aqueceu o Nokia Theatre, não só pela energia de ambos, mas também pelos efeitos de fogo usados. O melhor vídeo Pop diz respeito a britney Spears "Till the world ends".
Chris Brown aparece com uma indumentária branca pronto para sobrevoar a plateia, com complicadas acrobacias. Pouco cantou durante toda a actuação, foi competente não maravilhoso. Esta prestação recordou-me o "Glitter in the air" de Pink, e pensei como ela canta e "paira pelos ares" com perfeição!

Ne-yo e Pitbull, dois artistas que são conhecidos essencialmente pelos seus duetos, acturam num palco repleto de bailarinas. A meu ver, não acrescentaram grande substância à noite. Pareceu-me até uma performance confusa. Nada confusa foi a actuação da britânica Adele. Com a simplicidade que é típica de si e com uma voz que toca a alma de todos, delicia-nos com um "Someone like you", também ele singelo. Um momento de verdadeira música. Adorei! O melhor vídeo de Hip-hop pertence a Nicki Minaj.

O tão esperado tributo a Britney resume-se a uma compilação de danças da artista e a um pequeno discurso de Lady Gaga. Após isto, Britney tem nas suas mãos o Moonman do MJ Video Vanguard Award. Gaga e Spears juntam-se para introduzir a performance de Beyoncé. Beyoncé Knowles apresenta-se numas elegantes calças pretas e casaco cor-de-rosa. Pede ao público que se levante e testemunhe o amor que nasce dentro dela, era altura de ouvir "Love on Top". Com muita emoção e alegria, Knowles consegue animar toda a plateia e ter o momento apoteótico da noite. Sobe de tom 4 vezes e mostra porque muitos a consideram a artista da nossa geração. Bailarinos a rigor e óptimas coreografias foram ingredientes da simples e excelente apresentação de Beyoncé. Ainda existe tempo para deixar cair o microfone e apresentar a sua barriguinha de grávida! É verdade Beyoncé vai ser mãe!


Vários foram aqueles que agradeceram a entidades divinas aquando da recepção dos seus prémios. Katie Holmes entregou o Galardão, Video of the year a Katy Perry, por "Firework". O final aproximava-se, Tony Bennet pronuncia-se sobre Amy Winehouse e a sua incontestável voz da soul. Bruno Mars canta "Valerie", com uma voz bastante limitada pouco surpreendeu. Apreciei a sua banda e os passos de dança elaborados. Lil Wayne teve o privilégio de encerrar esta edição dos VMA's. Jessie J ainda que possua uma lesão na perna esquerda conseguiu estar extremamente bem durante toda a gala. Esta senhora tem uma grande voz, uma excelente aposta da MTV. Adele conseguiu arrecadar 3 prémios bem como Katy Perry. Este ano foi reinado pelas mulheres. Para o ano decerto que haverá mais!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

COMMENT: Edição 2011 - Optimus Alive

Na passada noite 6 de Julho, no Passeio Marítimo de Algés, sob o fundo azul do rio, os Coldplay deram um concerto memorável. Desde os seus mais primordiais tempos de "Yellow", Chris Martin sempre fora multifacetado, tocando no seu imponente piano e guitarra e ainda cantando de forma singela, ainda assim, impregnada de substância. Num excelente enredo, onde não faltaram os efeitos pirotécnicos, confetis e ainda uma óptima conbinação de luzes e lasers, a entrega do grupo inglês foi notória bem como a sua vibrante energia. Um alinhamento que poderia estar mais coeso, possuía um encore de desejar mais e mais da banda de Chris. Um público ávido de música, consegiu abrandar os seus nervosos pulmões, que desde cedo se faziam ouvir, seguia-se então a parte mais acústica da noite com direito a "Everything's not lost". Os temas habituais não faltaram como "The Scientist", "Clocks", “Viva la Vida” e um fantástico "Fix you". Os backdrops representam mais um ponto conseguido na estrutura de todo o concerto. Por fim, cai no recinto o tão recente single da banda "Every teardrop is a waterfall" criando a apoteóse total. Há muito que desejava ver esta banda mainstream de excelente musicalidade e competência. Restou, por fim, os desejos de muitos daqueles que assistiram ao concerto, que os Coldplay regressem a Terras Lusas num futuro próximo. Sinto-me em comunhão com esses mesmos desejos!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Grammy Awards 2011

Na passada noite de 13 de Fevereiro foi dado o alerta máximo para a zona de Los Angeles, esperavam-se rajadas de glamour altíssimas, naquela que foi a noite mais importante da indústria. Com uma verdadeira chuva de estrelas, Lady Gaga fez-se aparecer num ovo, Rihanna compareceu e Eminem também , não sabendo o que a noite o esperava.
Para um início vivo e ternurento, Aretha Franklin foi homenageada por grandes vozes actuais, destaco Aguilera pelo seu óptimo desempenho. Rapidamente Lady Gaga ocupa o palco, apresentando ao vivo o seu tão recente e polémico tema, "Born this away". Com uma indumentária singela e pouca energia deu uma boa performance. Gaga neste clima de controvérsia recebe adequadamente três prémios pelo seu visivel apreço à musica.
Seguem-se Muse que arrecadam o Grammy de Melhor Álbum Rock. A sua actuação foi simples, retirada da tour e não possui a meu ver grande essência nem efeitos. Bruno Mars, Janelle fazem algo competente com uma musicalidade agradável, no entanto não surpreendem. E chega o momento de Justin Bieber desgraçar a "grande noite" na companhia de Usher, apresentando algo sem qualidade alguma. Em modo de arejar as almas daqueles que assistiam á cerimónia chega-lhes um tributo a algém de peso, Dolly Parton.
Alguns prémios são entregues, e o Galardoão é entregue aos Arcade Fire, têm o Melhor Álbum do Ano! Num conceito vintage Bob Dylan actua juntamente com Mumford & Sons, uma performance estruturada e muito eloquente na sua mensagem, gostei muito de todo o efeito visual.
Rihanna recebe um prémio, embora os grandes vencedores tenham sido os Lady Antebellum com cinco, a sua actuação foi simples mas realmente eficaz. Katy Perry apresenta-se com grande efeito cénico embora que a nível sonoro tenha estado muito fraca. Esteve bem mas não foi excelente, gostei de ouvir Teenage Dream com um conceito muito apaziguado, faltando energia e captação do público. Cee Lo Green na companhia de Paltrow deu um verdadeiro espectáculo, com uma capacidade de entretenimento fora do comum, mostrando o seu talento e acima de tudo a sua inteligência. Rihanna com Eminem fazem o esperado sem sobressaltos e fazem-no bem. Pela primeira vez no palco dos Grammys Mick Jagger brilha com a euforia que já é própria de si e que se estende à plateia.
Para finalizar em apoteose total, Barbra Streisand um dos maiores fenomenos musicais de sempre, actua e todos a escutam com um enorme respeito. Talvez a cerimónia pudesse ser mais rica, faltaram alguns menbros influentes da enorme indústria musical. Termina deste modo uma tempestade de talentos em que a precipitação de prémios foi cumprida.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O Turista


Primeira estreia do ano nas salas portuguesas, e que estreia! Num filme de Florian Henckel von Donnersmarck, duas grandes estrelas da sétima arte, Angelina Jolie e Johnny Depp, protagonizam uma história singular no grande ecrã. Frank Tupelo (Johnny Depp) é um turista que viaja por toda a Europa, em modo de esquecer o passado que o destroça. No comboio que o leva de Paris a Veneza conhece Elise Clifton-Ward (Angelina Jolie), uma elegante mulher que intencionalmente se cruza no seu caminho. Com a lindíssima cidade de Veneza como cenário, o romance entre os dois é inevitável, em simultâneo encontram-se envolvidos num trama policial que promete aquecer a história. Num ambiente misterioso e deslumbrante o filme promete bons momentos, contando ainda com algumas das tão conhecidas piadas de Johnny Depp, e a sensualidade irreverente de Jolie. Um filme bom para começar um ano que esperemos que seja também ele bom!