segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Comer, Orar e Amar

Não poderia haver melhor regresso aos grandes ecrãs de Julia Roberts do que este. De forma singela e gradual conquista inevitavelmente o observador. Para além de um filme, é uma lição de valorização pessoal, busca pelo que nos realmente satisfaz... Esta é uma história verídica, em que Liz Gilbert (Julia Roberts) tinha tudo o que uma mulher moderna poderia um dia desejar – um marido, uma casa, uma carreira bem sucedida. Ainda assim sente-se perdida, confusa e em busca do que realmente deseja na vida. Recentemente divorciada e num momento decisivo, Liz procura auto-conhecimento pelo mundo fora. Nas suas viagens descobre o verdadeiro prazer da gastronomia em Itália; o poder da oração e ainda o rigor ascético na Índia, e por fim inesperadamente, a paz interior e equilíbrio de um verdadeiro amor em Bali. Irreverente, espirituosa e extremamente coloquial conta-nos detalhadamente esta aventura de fuga ao sonho americano! Por vezes ficamos encostados à nossa vida e vemos tudo passar, sem acordarmos pensamos no que realmente queremos para uma vida sem ser ignóbil mas sim o mais jucosa possível! Um dos melhores filmes que vi, ao nível do reflexivo onde Julia Roberts desprovida de manias e de forma pura faz um papel acima de espantoso!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

MTV Unplugged: Alicia Keys


Este Unplugged foi realizado no ano de 2005, num momento em que a carreira de Alicia ia de vento em popa. Um concerto de influências jazz e soul. Num espaço decorado a rigor, em que o clássico estava eminente, e as pequenas subtilezas como o tapete fizeram dele um local indicado para tamanha musicalidade. Iniciando acapella, de forma simples e muito harmoniosa, passa rapidamente ao seu amigo de longa data, ao seu piano, cantando Karma onde mostra habilidades múltiplas, estando aqui o jazz patente de forma a animar todos os presentes. Os momentos agradáveis ao nosso complexo sistema auditivo são tantos, que seriam impossíveis de enumerar ou gradar. Continua com uma das minhas partes preferidas do concerto, Woman's Worth desde da voz, ao piano e passando pelas luzes não existe um ponto a apontar de errado, a harmonia da música é de uma tal ordem que todos a ouvem atenciosamente. Unbreakable momento de as palmas se fazerem ouvir fortemente. If I was your woman, traz calmaria por aqueles mares agitados devido à força vocal de Alicia. If i ain't got you chega de forma jocosa, sendo um momento emblemático onde se lembra da importância das mais singelas das coisas. Privilegiados aqueles que lá estiveram acompanharam incessantemente Keys. Outra boa parte é Diary, que em dueto com Jermaine Paul faz as delicias de todos, música que aborda o tema dos segredos de uma amizade, eles quase que interpretam o tema um para o outro. Os arranjos sempre bem estruturados e o set list bem feito. Fallin para o fim e não podia quase que terminar de melhor forma, a paixão de Alicia Keys é passada para a audiência e canta com força e garra de uma grande mulher que é! Acaba um concerto, que foi provavelmente dos melhores MTV Unplugged's de sempre. Grande artista que Alicia Keys se tornou, com um conjunto muito valorizado por mim, vi-a este ano e repetia tamanha experiência.